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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Primeiro trimestre registra 190 transações e apresenta uma pequena redução da média de fusões e aquisições, aponta KPMG

Pesquisa indica grande queda nas operações domésticas, que representaram apenas 33% do total de negociações

No momento de incerteza da economia nacional, o mercado de fusões e aquisições apresentou uma pequena queda do número de transações no primeiro trimestre do ano, com 190 operações, um pouco abaixo da média dos primeiros três meses de 2014, 2013e 2012 (196 transações). Os dados constam na pesquisa realizada pela KPMG.

“É importante destacar que a média nesse primeiro trimestre foi mantida graças às transações cross-border, já que registramos o pior resultado dos últimos cinco anos de operações envolvendo exclusivamente empresas brasileiras. Foram apenas 63 transações domésticas nos primeiros três meses de 2015 contra uma média de mais de 80 nos anos anteriores”, aponta o sócio da KPMG e líder para o setor de fusões e aquisições, Luís Motta. “As negociações domésticas representaram 33% do total. A queda da atividade econômica e o aumento da percepção de riscos no curto prazo pode ter impactado mais fortemente as empresas locais. Entretanto, o Brasil continua sendo um mercado estratégico para empresas internacionais, que somado à valorização do dólar, fez com que os estrangeiros aumentassem suas operações aqui”, analisa o executivo.

Dentre as transações envolvendo capital estrangeiro, é importante ressaltar também o crescimento das transações relativas a empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil (CB4). Com 27 negócios fechados no período, foi registrado o segundo melhor resultado em um primeiro trimestre da história. Estas transações apesar de refletirem o interesse de estrangeiros em adquirir empresas com operações no Brasil também demonstra, em contrapartida, um maior número de empresas estrangeiras deixando o país.

Setores

Os segmentos de tecnologia continuam sendo os que movimentam mais transações (Tecnologia da informação, com 35, e Empresas de internet, com 18). Além deles, destaque para Alimentos, bebidas e tabaco (18), Empresas de energia (10) e Serviços para empresas (10).

Legendas

Transações Domésticas: entre empresas de capital brasileiro

CB1: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.

CB2: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior.

CB3: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.

CB4: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.

CB5: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no exterior.

Sobre a pesquisa

A Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil é realizada trimestralmente e apura as operações efetivamente concluídas e divulgadas que envolvam empresas estabelecidas ou com presença no País.

Sobre a KPMG

A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 155 países, com mais de 162.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Cada firma-membro é uma entidade legal independente e separada e descreve-se como tal.

No Brasil, somos aproximadamente 4.000 profissionais distribuídos em 13 Estados e Distrito Federal, 22 cidades e escritórios situados em São Paulo (sede), Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Londrina, Manaus, Osasco, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos, São José dos Campos e Uberlândia.

Twitter: twitter.com/@KPMGBRASIL

sábado, 11 de julho de 2015

Sanear Amazônia debate saúde e meio ambiente para famílias extrativistas

Governo federal participa da Oficina de Formação em Saúde e Meio Ambiente, em Manaus (AM). Serão discutidos os conteúdos e metodologia de capacitação para as famílias beneficiadas com as tecnologias sociais de acesso à água

Foto: Eduardo Aigner/MDS


Governo federal participa da Oficina de Formação em Saúde e Meio Ambiente, em Manaus (AM). Serão discutidos os conteúdos e metodologia de capacitação para as famílias beneficiadas com as tecnologias sociais de acesso à água

Brasília, 9 – Muitos brasileiros de baixa renda que vivem na Amazônia ainda não possuem água de qualidade para beber. Para mudar a realidade de 2.800 famílias de comunidades extrativistas, uma parceria do Memorial Chico Mendes com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai construir tecnologias sociais de acesso à água de qualidade. Serão beneficiadas oito reservas extrativistas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará.

Antes de receber as tecnologias, as famílias beneficiadas serão capacitadas sobre o uso adequado da tecnologia e sobre a gestão da água armazenada. Para discutir esse modelo de capacitação, o Memorial Chico Mendes promove nesta quinta (9) e sexta-feira (10), a Oficina de Formação em Saúde e Meio Ambiente, em Manaus (AM).

O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, participou, nesta quinta-feira (9), da abertura oficial do evento e do painel “Amazônia: saúde, saneamento básico, meio ambiente e comunidades extrativistas”. Para o secretário, as tecnologias são fundamentais para a segurança alimentar e nutricional das famílias.

“A região amazônica é abundante em água, mas mesmo assim a população de baixa renda não tem acesso à água própria para consumo. Como a regularidade da chuva na região é maior, os sistemas de captação de água da chuva vão permitir o melhor aproveitamento da água, que, reservada e tratada de forma adequada, é própria para o consumo e outros usos domésticos”, explica.

A oficina discute até esta sexta-feira (10) conteúdos e metodologia de capacitação em saúde, gestão e uso água, que será ofertada aos beneficiários das tecnologias sociais. Também serão definidos os custos do processo de monitoramento da qualidade da água e do controle de parasitoses, além da metodologia.

O Sanear Amazônia vai garantir água de qualidade para o consumo das comunidades extrativistas da Amazônia, prevenir doenças, melhorar o rendimento escolar de crianças e adolescente e, também potencializar atividades econômicas das famílias mais isoladas. A iniciativa é coordenada pelo Memorial Chico Mendes com financiamento do MDS. Com investimento de R$ 35 milhões, o projeto vai atender 2,8 mil famílias em situação de extrema pobreza que não têm acesso adequado à fonte de água potável e que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

Serão implantadas duas tecnologias: sistemas pluviais de Multiuso Autônomo e Multiuso Comunitário. No sistema multiuso autônomo, cada família poderá captar, armazenar e filtrar até seis mil litros de água da chuva. Já no multiuso comunitário, além das unidades domiciliares, também será instalado um módulo complementar de abastecimento com uma rede de distribuição, sendo acionado somente quando esgotar as reservas domiciliares.


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Uma receita italiana com sabor e criatividade brasileiros




No Dia da Pizza, conheça cidades brasileiras que introduziram a consagrada receita e faturam com turistas, moradores e fãs da boa gastronomia

Carolina Valadares

Trazida pela imigração italiana ao Brasil, a pizza virou delícia nacional. Quem viaja pelo país sabe que cada restaurante tem as suas próprias receitas, e que quanto mais legítimas, mais próximas das “originais”, mais elas se tornam prestigiadas e populares entre moradores e turistas. No dia 10 de julho, data instituída no Brasil como o Dia da Pizza, o Ministério do Turismo destaca destinos que, de norte a sul, se tornaram símbolos da cultura e da culinária de origem italiana.

São Paulo é a capital mais tradicional: as pizzarias são numerosas e os menus são diversos, preservando a receita legítima ou inventando outras bem brasileiras. Embora o paulista tenha o hábito de saborear uma pizza aos domingos à noite, para muita gente a ‘redonda’ cabe bem em qualquer dia da semana. A alta demanda regula a oferta: só na capital há pelo menos 5 mil pizzarias, de acordo com a Associação Pizzarias Unidas do Estado de São Paulo. A pizzaria Esperanza, por exemplo, ganhou notoriedade pela história. Os donos, cuja família vinda de Nápoles, na Itália, mantêm o estabelecimento há 56 anos. Com isso, o lugar já é considerado patrimônio gastronômico do bairro do Bixiga, região conhecida por reunir um sem-número de cantinas italianas. No bairro do Brás, outro reduto da imigração italiana, a cantina Castelões, que foi inaugurada em 1924 pela família Donato, está entre as mais frequentadas por artistas, políticos, intelectuais brasileiros, turistas e gente comum que não abre mão desse sabor. Foi no Brás, aliás, que surgiu a primeira pizzaria italiana no Brasil: a Genoveva, inaugurada em 1910, mas que hoje faz parte da história.

Em Brasília, a verdadeira pizza napolitana com borda grossa e a massa no meio fina pode ser degustada na pizzaria Baco, fundada em 1999. O restaurante que já recebeu diversos prêmios de gastronomia tem o selo da associação da Vera Pizza Napoletana, diretamente da Itália. Segundo o proprietário Gil Guimarães, o estabelecimento levou um ano para chegar à receita exigida pela associação, que define regras para produção do alimento. O molho de tomate é produzido com um tomate especial, chamado san marzano ou pelatti (pelado), a massa é aberta à mão e a pizza é assada em forno a lenha. Para Guimarães, “a pizza é o alimento mais universal que existe. Ela está em qualquer local do planeta”.

A popularização da pizza, aliás, vai de norte a sul do país. Na capital nacional do churrasco, por exemplo, também é possível experimentar receitas bastante brasileiras. A pizza da portoalegrense La Pizza Mia é servida numa pedra quente à moda uruguaia e é bastante variada nos tamanhos – tem de meio metro, um quarto de metro, quadrada, e por aí vai. A franquia que começou em Porto Alegre e já se expandiu para Gravataí, São Leopoldo e Arroio do Sal.

ORIGINAL, PORÉM BRASILEIRA!

Criativo, o povo brasileiro agregou à pizza diversos ingredientes – um deles é o queijo catupiry como recheio das bordas. Em algumas cidades do Nordeste, dá pra comer pizza com recheio de carne de sol e camarão. Os sabores doces também são uma invenção nacional: queijo com banana e canela, chocolate com morango, leite condensado com côco e outras combinações típicas do país.

A receita original, porém, é muito valorizada e apreciada. A pizza que comemos hoje surgiu em Nápoles, Itália, por volta do século 18. No entanto, há 6 mil anos atrás os hebreus e egípcios já assavam, em forno a lenha, uma massa em forma de disco. Depois, outros povos foram inserindo recheios como a carne, por exemplo. No século 16, o tomate, vindo da América, foi incorporado à pizza. E a popularização desse alimento se deu com os norte-americanos. No Brasil, a pizza foi trazida pelos imigrantes italianos que chegaram por São Paulo, e por isso o estado tem grande tradição no alimento. Os italianos comiam a pizza a qualquer hora do dia, como lanche. Foi depois dos anos 50 que a pizza foi difundida para outros estados do Brasil.