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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Pacientes hospitalizados no HCor recebem visitas virtuais de familiares


Nesta sexta-feira (22), Dia do Abraço, carinho virtual ajuda a diminuir a distância e minimizar a saudade de casa


Programa de televisitas permite que pacientes em isolamento mantenham contato com pessoas próximas

Pacientes hospitalizados no HCor, na zona sul da capital paulista, passaram a contar com um novo tipo de estratégia para “receber” visitas e aplacar a saudade, durante o período de internação e, por consequência do diagnóstico positivo de Covid-19, o isolamento físico. O programa de televisitas da instituição conecta familiares, amigos e até animais de estimação, diminuindo a distância entre quem está internado e o ambiente familiar.

A iniciativa foi implantada em todos os setores de internação do hospital, de forma permanente, incluindo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com dia e horários marcados, os pacientes podem conversar e até receber abraços virtuais por meio de videoconferências.

Segundo Silvia Cury Ismael, gerente do serviço de Psicologia do HCor, a ação tem grande importância tanto emocionalmente, quanto no quadro clínico do paciente. “É importante ver que sua família está ali, ainda muito perto, e sentir carinho. Além disso, a televisita permite conversas com pessoas queridas, situação que pode impactar de maneira positiva o tratamento do paciente, pois o motiva a lutar pela vida”, explica.

A equipe de psicologia do hospital também oferece suporte e acompanhamento remoto para os familiares de pacientes internados, que precisam lidar com a ansiedade e as emoções ligadas ao distanciamento social, além do próprio diagnóstico do parente próximo. “A psicologia do hospital monitora os familiares, ligando ou mesmo recebendo ligações diárias deles. Quando percebemos que um familiar não está bem, ele é acompanhado de perto”, destaca.

Segundo a especialista, as televisitas surgiram como uma motivação para pacientes, familiares e, inclusive, a equipe multidisciplinar, que atua na linha de frente na assistência. “A ferramenta é muito útil para a retomada do contato, permitindo que a família acompanhe o tratamento do paciente, mesmo sem estar presente fisicamente. Já a equipe consegue sentir as mudanças no humor e oferecer mais conforto a quem está recebendo os cuidados no hospital”, explica.


Sobre o HCor

A instituição iniciou as atividades em 1976, tendo como mantenedora a Associação Beneficente Síria, que completou 100 anos de atividades filantrópicas em 2018. o HCor ganhou projeção mundial no cenário da saúde, tornando-se referência em cardiologia, além de oferecer atendimento de excelência nas áreas de neurologia, oncologia, ortopedia e medicina diagnóstica. Conta com acreditação internacional da Joint Commission Internation (JCI) desde 2006. O Instituto de Pesquisa HCor coordena estudos clínicos multicêntricos nacionais e internacionais. Certificado pela American Heart Association (AHA), o Centro de Ensino capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente. Há 10 anos, o HCor é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), colaborando com políticas públicas e iniciativas de aprimoramento para mais de 150 centros médicos de todo país.

domingo, 17 de maio de 2020

HIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA É USADO EM HOSPITAL NO PIAUÍ COM SUCESSO


Protocolo adotado em hospital do Piauí traz melhora clínica a pacientes com Covid-19



Tratamento oferecido no Hospital Regional Tibério Nunes é resultado copia modelo adotado em uma unidade de saúde da Espanha
Um hospital localizado no município piauiense de Floriano, cidade a cerca de 250 quilômetros da capital Teresina, tem chamado a atenção de autoridades de saúde. Isso porque um protocolo de tratamento utilizado em pacientes com a Covid-19 tem se mostrado eficaz no combate à doença.

Dois dias após o aparecimento dos sintomas do novo coronavírus, pacientes do Hospital Regional Tibério Nunes estão recebendo a combinação de hidroxicloroquina e azitromicina durante cinco dias. Caso essas medicações não deem resultados, o paciente recebe remédios à base de corticoide, substância que costuma aparecer em anti-inflamatórios, durante três dias.

Segundo Justino Moreira, diretor clínico da unidade, até mesmo pacientes com um alto grau de dano ao pulmão tiveram melhoras com esse tratamento.

“Quando começamos a usar o corticoide, no dia 2 de maio, os pacientes evoluíram rapidamente. Tiramos o oxigênio deles, demos alta. Teve paciente com 50% e paciente com 75% do pulmão comprometido. Paciente na boca da UTI, e conseguimos frear esse processo. Hoje o paciente está tendo alta.”

O tratamento oferecido no hospital de Floriano chamou a atenção do governo federal. Nesta semana, Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foi ao município para conhecer o trabalho da equipe.

No entanto, o uso da hidroxicloroquina, associado ou não com a azitromicina, em pacientes infectados com o novo coronavírus é polêmico. Um estudo feito com cerca de 1,4 mil pacientes de Nova York, divulgado neste mês, apontou que a prescrição desses medicamentos não reduz a letalidade da Covid-19.

O diretor da unidade de ressalta que quando o paciente infectado chega à terceira fase da doença, em que ele deve ser submetido a um respirador, não há muito o que se fazer para reverter o seu quadro clínico.

“Antes a gente não tinha ferramenta para tratar. As pessoas estavam morrendo, só esperando ir para UTI. E não tinha mais jeito. Os que foram para UTI aqui, morreram. Temos que conter a doença antes de chegar lá, na primeira e segunda fase. Na fase três, a gente tem pouca esperança, a mortalidade é muito alta.”

O tratamento oferecido no Hospital Regional Tibério Nunes é fruto de um protocolo clínico da médica piauiense Marina Bucar Barjud, que trabalha no combate à Covid-19 no Hospital HM Puerta del Sur, em Madrid, na Espanha.

O uso conjunto da hidroxicloroquina e azitromicina e de corticoides, na unidade de saúde em Floriano, foi feito apenas em 20 pessoas. Segundo o diretor do hospital, 15 desses pacientes que receberam o tratamento tiveram alta.

Questionada, a Secretaria de Saúde do Piauí não respondeu se iria ampliar o protocolo para outros hospitais do estado.