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terça-feira, 2 de agosto de 2022

Comitiva de Botsuana visita Rede São Camilo SP em busca de estratégias de combate ao câncer de colo de útero




Autoridades do governo botsuano presentes no encontro visam explorar oportunidades de parceria entre países a fim de combater altos índices de mortalidade pela doença


Preocupado com os altos índices de óbito por câncer de colo de útero, o governo botsuano busca estratégias alinhadas a instituições internacionais, bem como meios de viabilizá-las e promovê-las entre vários países africanos. Para isso, uma comitiva do país visitou nesta sexta-feira (29) a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

A Unidade da Mooca recebeu o ministro das Relações Exteriores do país, Hon Lemogang Kwape; a embaixadora Ms. Tebogo Motshome; a ministra da Educação, Sylvia Kwape; e outros médicos e membros do governo.

Com o objetivo de conhecer a instituição, referência no tratamento do câncer no Brasil, e promover a troca de conhecimento sobre as técnicas avançadas para o tratamento do câncer de colo de útero desenvolvidas pelo São Camilo, a visita busca, ainda, explorar oportunidades de cooperação técnica e científica entre os países.

Atualmente, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais incidente em Botsuana, representando 25% de todos os casos de câncer da população, segundo dados dos relatórios da Global Cancer Observatory (GCO).

“Este encontro marca o começo de uma parceria, que pode beneficiar muitas mulheres. Estamos animados com esta possibilidade e acreditamos que o São Camilo, como toda a sua expertise, pode contribuir significativamente em nosso propósito de reduzir a mortalidade pela doença”, destaca Hon Lemogang Kwape.

Após conhecer o ambulatório, o centro cirúrgico e o setor de radioterapia do Hospital, o ministro trocou informações com Dr. André Lopes, do departamento de Ginecologia Oncológica da Rede São Camilo SP e responsável por promover esta visita, sobre as práticas utilizadas na instituição.

“É muito importante ter essa oportunidade de compartilhar conhecimentos e estamos empenhados em contribuir, através do intercâmbio de profissionais, da troca de experiências e treinamentos, para a melhora nos tratamentos, sobretudo em um país que é severamente afetado pelo câncer”, finaliza.

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo


Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 5 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 1 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

Siga o Hospital São Camilo nas redes sociais: @hospitalsaocamilospa

Tecnologia de microscópio virtual é implementada no CEUB



Adoção de sistema de microscopia virtual para análises online foi iniciativa inovadora no mundo acadêmico


Já pensou na dificuldade enfrentada por estudantes da área de saúde em tempos de pandemia? Para proporcionar um entendimento diferenciado dos seres vivos, de maneira a revelar as diversas estruturas microscópicas, o Centro Universitário de Brasília (CEUB) transformou limitações e desafios impostos pelo isolamento social em superação. No auge dos casos de Covid-19, os gestores, professores e técnicos do Laboratório de Ciências (Labocien) da instituição implementaram uma solução inovadora com um sistema disponível na internet – a “Microscopia Virtual” –, capaz de suprir e proporcionar qualidade online no ensino e aprendizagem em citologia, histologia, patologia e diagnóstico em análises laboratoriais.

Para implementar a solução, a equipe de especialistas – constituída pelo Núcleo Pedagógico, pela Gerência do laboratório, com a cooperação do setor de Tecnologia e Informação, dos professores e do apoio da direção superior do Centro Universitário – realizou uma força tarefa para investigar soluções tecnológicas que pudessem atender as demandas dos cursos. Essa área comumente realiza aulas práticas presenciais e que, no período em questão, estavam restritas a aulas teóricas com mediação tecnológica.

Para oferecer ferramentas de baixo custo financeiro com grande benefício e qualidade educacional, o corpo docente e técnicos do Labocien viabilizaram a implementação de instrumentos tecnológicos relativos à área de saúde, já consolidados no mercado de trabalho da medicina diagnóstica, agora para o ambiente acadêmico, como no caso da microscopia virtual.

“A partir dessa ideia, fizemos o planejamento e a implementação desta prática aplicada ao domínio educacional, utilizando de aplicativo disponível na internet e digitalizando o acervo da instituição, com peças de mais de 30 anos”, conta a professora Magda Verçosa, Coordenadora do Labocien.

A iniciativa teve o aporte de R$ 30 mil, investimento que gerou uma drástica diminuição de custo com manutenção de microscópios, que gira em torno de R$ 40 mil por semestre, além da aquisição de novos equipamentos e lâminas, uma vez que o acervo digital agora é vitalício para uso de toda comunidade do CEUB para o ensino, a pesquisa e a extensão. Ao todo, 300 lâminas cito-histo-patológicas foram digitalizadas até o momento, com projeção de 600 até o final de 2022.

Atendendo às premissas de integrar diversos cursos e entender a competência interdisciplinar de um Laboratório Universitário de Ciências, o acervo digital de microscopia pode ser ampliado e atualizado continuamente. O especialista Rafael Jesus do Núcleo Pedagógico do Labocien esclarece que “a ferramenta tem capacidade de ampliação e qualidade de imagem muito superior à análise feita por um microscópio óptico convencional, com um zoom digital de 1000x”. Dessa forma, é possível que o usuário identifique áreas de relevância em uma lâmina inteira, por meio de um acesso offline ou online.

Desde a sua implementação, o “laboratório virtual” atende todos os cursos da saúde do CEUB: Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Medicina Veterinária e Nutrição, que possuem, em seu Projeto Pedagógico, disciplinas ou módulos de bases biológicas, como citologia, histologia e patologia.

“A utilização de lâminas cito-histo-patológicas é parte fundamental da formação básica do profissional da saúde. Contudo, a gestão deste micro acervo é complexo, uma vez que apresenta perda de lâminas, muitas delas únicas, ao serem quebradas no processo de aprendizagem do manuseio dos microscópios ópticos. Nesse sentido, observamos ganhos administrativos e técnicos, validados pelos diversos usuários, professores e alunos, envolvidos com esta prática.” explica o Professor Antônio Marcos, gestor do Labocien.

Após o período de retomada ao presencial, a tecnologia adotada pelo CEUB ampliou as possibilidades de aprendizagem. Com opções do microscópio físico e virtual, a comunidade acadêmica desfruta de recursos para estudos simultâneos com várias lâminas, que proporcionam o uso de técnicas avançadas de sistematização de leitura diagnóstica.

A professora Renata Uchôa, docente do curso de Medicina, ressalta que “os estudantes nem precisam estar no mesmo ambiente para o estudo, uma mesma lâmina pode ser vista por vários alunos em locais diversos. E eles conseguem desenhar roteiros de estudo fazendo medições e anotações em áreas específicas e em escala microscópica.”

Lâmina de um feto de rato pela microscopia


Magda considera o projeto de microscopia como parte de um laboratório que possui uma gestão integrada e dialoga sobre as questões e tendências tecnológicas, no sentido de ampliar o aprendizado e formar profissionais completos. “Refletimos também sobre a possibilidade de que este instrumento seja utilizado nas práticas de Simulação Realística, cooperando assim com a aquisição das habilidades profissionais. Um dos grandes desafios das aulas teórico-práticas é a integração da aprendizagem com o mundo do trabalho.”, conclui.