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terça-feira, 26 de março de 2019

Fisioterapia Psicossomática: a relação entre o Corpo e a Mente

"Modelo biopsicossocial não exclui o modelo biomédico, mas o complementa"

A pessoa que sente dores crônicas, pode desenvolver depressão ou vice-versa, e o fisioterapeuta adepto ao Modelo Biopsicossocial, tem um papel fundamental nesse processo, ajudando o paciente a estabelecer a relação entre a mente e o corpo, ou seja, os aspectos emocionais e físicos.

“Começou-se a observar que muitos pacientes com ansiedade, estresse emocional, depressão, problemas familiares, que sentem dificuldade de interação social, ou os que têm medo de realizar atividades físicas, são mais suscetíveis a terem dores crônicas do que os pacientes que têm hérnia de disco, dor lombar, artrose de joelho, dentre outras, portanto a necessidade de intervenções que abordem o paciente como um todo”, explica Dr. Edson Santiago, fisioterapeuta especialista em Musculoesquelética e Pesquisador em Dor pela Santa Casa de São Paulo.

Anteriormente as dores eram tratadas apenas fisicamente, causa e efeito: o modelo biomédico. O paciente encontra a cura física, porém, após um breve período de tempo, a dor retorna. Hoje, acredita-se em um modelo mais humanizado para uma cura definitiva, o tratamento biopsicossocial. “O tratamento tradicional envolve tratar a causa, já o modelo biopsicossocial vai além, existe uma preocupação com a compreensão do comportamento humano, dedicando-se à relação entre corpo e mente. É um atendimento altamente personalizado, onde o mais importante é ouvir o paciente e torná-lo parte ativa no processo, para a partir daí, traçar os objetivos”, diz.

Ao aceitar tornar-se parte do procedimento de reabilitação, o paciente faz-se colaborativo em sua avaliação biopsicossocial, feita com auxílio de questionários, onde são investigados os impedimentos nas funções e na estrutura do corpo (possibilidades físicas), fatores sociais (como se comporta) e os aspectos psicológicos (stress, ansiedade, depressão), para que o fisioterapeuta possa identificar de onde vem os distúrbios causadores de sua dor.

“As intervenções são muito particulares em cada caso, mas no geral, a maior necessidade é explicar exatamente ao paciente que o aumento da dorr não quer dizer necessariamente um aumento de sua lesão, é preciso fazê-lo perder o medo e incentivá-lo a se manter ativo, (Educação em dor), pois a intenção de melhora tem que vir de iniciativa própria. Entretanto, não são descartadas a necessidade de fortalecimento muscular e de recursos analgésicos”, completa Dr. Edson.


Para saber mais:

Dr. Edson Santiago é fisioterapeuta especialista em musculoesquelética e Pesquisador em Dor pela Santa Casa de São Paulo.

Atua também no Instituto Trata e no Centro de Integração Postural - CIP, onde amplia sua especialidade de forma diferenciada e centrada no bem-estar dos pacientes. Ajuda pessoas com dores crônicas, no joelho e quadril, a desenvolverem suas atividades da melhor forma possível, tendo assim, qualidade de vida saudável e livre das suas limitações.

Formado pela FMU- Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo, cursado e especialista em neurociência, é um estudioso incansável sobre a dor crônica.

É habilitado no modelo biopsicossocial, que visa estudar a causa ou o progresso de doenças utilizando-se de fatores biológicos, fatores psicológicos e sociais e já atuou no Hospital do SEPACO na área de ortopedia.  


segunda-feira, 25 de março de 2019

TRAGÉDIA ANUNCIADA: VAZAMENTOS EM BELO MONTE ASSUSTAM MORADORES



Moradores próximos da Hidrelétrica de Belo Monte localizada no Pará, estão assustados com inúmeros vazamentos que tem ocorrido nas barragens. As imagens do vazamento foram gravadas em celular e divulgadas nas redes sociais.

A Rede Record de Televisão de Altamira, esteve no local para realizar a reportagem e foi convidada a se retirar pela equipe de segurança que toma conta da Hidrelétrica.

Os residentes próximos do local, assustados com as últimas explosões das barragens da empresa Vale estão em alerta.

Segundo a Rede Record, os responsáveis pelas obras de Belo Monte declararam que este escoamento de água é normal e faz parte do projeto, porém não é bem o que parece. Segundo os moradores que acompanham a evolução dos vazamentos, os furos por onde escoa a água infiltrada estão aumentando de tamanho com o passar do tempo e pelas imagens registradas pela TV Record, não parece haver nenhuma tubulação para escoamento da água. Também é possível notar que no mesmo local, quando a moradora fez a imagem com celular, a vazão da água já havia aumentado de tamanho quando a Record conferiu a cena, alguns dias depois.

Além disso, seria necessário que as autoridades verificassem as obras, pois segundo o Tribunal de Contas da União, a Paralisação de obras de Belo Monte causou danos milionários ao país. A Auditoria de acompanhamento dos empreendimentos de geração e transmissão da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), concluiu que nove contratos firmados entre a União e a Abengoa estão sendo descumpridos. As obras, que totalizam 6.300 km de linhas de transmissão em 500 kV, estão paralisadas desde 2015, o que causou dano para a Administração Pública de R$ 575 milhões só no período úmido de 2016/2017.

De acordo com relatório do TCU, o dano ao Sistema Elétrico Brasileiro foi causado exclusivamente pela estratégia empresarial do grupo Abengoa, que se encontra em recuperação judicial. O Tribunal recomendou à Aneel que adote medidas judiciais para processar a Abengoa por perdas e danos em face na inadimplência contratual.

A UHE de Belo Monte terá capacidade total instalada de 11.233,1 MW, suficientes para abastecer 40% do consumo residencial de todo o país, caso não ocorra nenhum tipo de acidente.





Para saber mais: 



Processo: 008.212/2017-1 / Acórdão: 475/2019  / Relator: ministro Aroldo Cedraz