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sábado, 28 de janeiro de 2023

Especialistas dão dicas em relação ao controle de finanças para empreendedoras e executivas


Para as fundadoras do "Do It Girls Club", alguns hábitos podem ser cruciais para uma gestão financeira mais saudável e eficiente

Devido aos múltiplos papéis que as mulheres exercem no dia a dia, tanto como executivas, mães, administradoras do lar, consumidoras ou como empresárias, é fundamental que elas consigam ter um bom controle financeiro.

De acordo com Brunna Duarte, head de Marketing e uma das fundadoras do Do It Girls Club, comunidade de networking e conteúdo voltada para empreendedoras e executivas, existem alguns hábitos financeiros seguidos pelas mulheres bem-sucedidas. “Primeiramente, estabeleça um orçamento anual para os gastos, definindo bem os valores de cada dívida em percentuais que mostrem o que se pode ou pretende gastar com cada centro de custos, como casa, investimentos, viagens, filhos e outras despesas. Para ser efetivamente livre, é preciso pagar as próprias contas e lidar com as despesas”, relata.

Brunna alerta, no entanto, que isso não significa que se deva pensar em dinheiro a qualquer custo, mas ter a convicção de que a liberdade financeira trará mais possibilidades. “Finanças em dia significa poder ir aonde quiser, proporciona mudanças e permite, até mesmo, que mulheres se livrem de relacionamentos abusivos e sejam donas de suas próprias escolhas”, declara.

Para Natália Archanjo, advogada e head comercial do Do It Girls Club, com alguns cuidados é possível aumentar os resultados e melhorar os hábitos financeiros. “As pessoas possuem o hábito de sempre pagar as contas e deixar o que sobra para a aplicação de investimentos, enquanto o ideal é refazer os custos de modo que você consiga investir o percentual que se comprometeu”, explica.

Além disso, é importante lembrar que gastar com bens de consumo traz uma sensação de felicidade que dura muito pouco, diferente das experiências, que aumentam a felicidade por conta das memórias afetivas. “Gaste com viagens, um jantar romântico ou uma ida a um parque com os filhos e aproveite ao máximo essas vivências, valorizando cada momento”, recomenda a head comercial.

Ainda assim, Adriana Tavares, head de Finanças e Gestão da comunidade de networking, aconselha a ter cautela e paciência na hora de realizar compras. “Se viu algo e se interessou profundamente, entre na loja, olhe e não compre. Saia e volte no dia seguinte, notando se aquele item ainda é importante. Isso ajuda a trazer uma reflexão sobre a real necessidade de uma determinada aquisição ou não, e evita compras desnecessárias por impulso”, alerta.

Anotar os próprios gastos é uma dica antiga, porém de suma importância. “Nem sempre temos tempo ou disciplina para fazer isso, mas essa ação pode ser fundamental para nos indicar onde estão os ‘ralos’ de dinheiro, ou seja, onde se está gastando sem nenhuma necessidade”, finaliza Adriana.

Sobre o Do It Girls Club


O Do It Girls Club é um ecossistema feminino que transforma a vida de mulheres através de uma rede única de networking e conteúdos exclusivos. A iniciativa tem como propósito ajudar mulheres a alavancarem suas vidas, carreiras e resultados mais rápido, através de um ambiente de crescimento, colaboração e de novas conexões. Com o lema menos competição e mais colaboração entre mulheres, as idealizadoras já impactaram mais de 20 mil pessoas e geraram mais de 15 milhões de negócios realizados entre as participantes ativas da comunidade. Para mais informações, acesse https://doitgirlsclub.com.br/, pelo instagram @doitgirlsclub, facebook @doitgirlsclub ou linkedin https://www.linkedin.com/company/doitgirlsclub/

Natália Archanjo


Advogada por formação com MBA em negócios pela FDC. Diretora Comercial e Líder dos departamentos de Marketing e Recursos Humanos da Matur Contábil, uma das maiores empresas de contabilidade do país. Membro da comissão do Do It Now, evento de gestão responsável por reunir mais de mil empresários na capital mineira.

Brunna Duarte


Formada em comunicação pela PUC e pós-graduada em Administração pela FGV, já realizou diversos cursos nas áreas de CX e Design Thinking. Desenvolveu sua carreira em grandes empresas multinacionais, sempre procurando atuar de forma criativa e inovadora.

Adriana Tavares


Formada em direito, cursou MBA em gestão na FDC e participou do Gestão 4.0, programa de imersão em negócios destinado a gestores C- Level. Sua experiência prática é vivenciada na empresa de sua família, a Altura Andaimes, em que ocupa o cargo de diretora há 11 anos.

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Ministro Silvio Almeida recebe levantamento da Antra sobre violência contra pessoas trans



Um levantamento realizado pela Associação Nacional de travestis e transexuais (ANTRA) revela que, em 2022, 131 pessoas trans foram assassinadas no Brasil. Outras 20 tiraram a própria vida diante da discriminação e do preconceito presente na sociedade brasileira. Os dados constam no “Dossiê: Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras", que foi entregue ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) nesta quinta-feira (26).

Do total de 151 pessoas trans mortas em 2022, 65% dos casos foram motivados por crimes de ódio, com requinte de crueldade. 72% dos suspeitos não tinham vínculo com a vítima. De acordo com o relatório, a identidade de gênero é um fator determinante para essa violência.

Para o ministro Silvio Almeida, apesar da tristeza estampada nas páginas do relatório, a existência do documento aponta para caminhos que levarão o Brasil a superar a tragédia dos números a partir da mudança e da transformação. “Quando falamos sobre gênero e sexualidade, somos acusados de sermos identitários. Pergunto a essas pessoas se é possível construir um país com os números que vemos agora”, provoca.

“É possível construir um país suportando o assassinato de pessoas só porque elas são o que elas são? Se não tivermos a decência de mudar essa realidade, não merecemos ser um país”, reconhece.

A secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, destacou que pretende ultrapassar a simbologia de ser a primeira travesti a ocupar o cargo atual. “Iremos trabalhar com ousadia. Vamos realizar entregas importantes para a população brasileira. Os dados que recebemos hoje vão reger a criação das nossas políticas públicas”, enfatizou.

Assista à íntegra da entrega do dossiê

Destaques

A presidente da Antra, Keila Simpson, contextualizou o período vivido pelo Brasil nos últimos anos. “Nos arrancaram desse espaço de forma cruel e danosa. Mas não tivemos medo: desenhamos novas estratégias pelos movimentos sociais. E quando não conseguiram deter a primavera que estava se avizinhando, voltamos a partir do dia 30 de outubro de 2022”, declarou, antes de dizer que “agora nós temos vez, voz e vamos avançar”.

Já a secretária de Articulação Política da Antra, Bruna Benevides, apresentou os dados revelados pelo levantamento. Neste sentido, a pesquisadora citou o apagamento da luta de pessoas trans desde 2019. “Houve exclusão de comitês e mecanismos de proteção e visibilidade da pauta pelos ministérios dos Direitos Humanos, da Educação e das Relações Exteriores”, apontou. Na visão da pesquisadora, as notícias falsas contribuíram como método para silenciar pessoas transgênero.

Igualdade Racial

Na apresentação, Benevides aponta que a estimativa média de vida de pessoas trans em 2022 foi de 29,5 anos. 79,8% são pessoas negras e pardas.

Presente na apresentação, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que nos últimos anos existiu um processo político de negação da existência de pessoas negras e trans. “Esses números são extremamente impactantes. Isso tem relação com a necropolítica e o quanto esses corpos são descartáveis”, afirma, ao se comprometer com a pauta.

Histórico

O “Dossiê: Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras” é feito pela ANTRA desde 2017. Além do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o levantamento também conta com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). A versão digital do Dossiê estará disponível para download a partir de 27 de janeiro no site antrabrasil.org