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sábado, 23 de julho de 2022

Mutirão de limpeza marca as celebrações do Mês do Manguezal no Pará



O Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, comemorado em 26 de julho, mobiliza anualmente a população global para a conservação de um dos ecossistemas mais importantes do planeta, capazes de oferecer serviços ambientais valiosos – como biodiversidade, segurança alimentar e mitigação de carbono, além da geração de renda com a pesca e o turismo, entre outros benefícios socioeconômicos. Na zona costeira paraense, onde se localizam os maiores mangues da superfície terrestre, a data motiva uma série de atividades ao longo do mês, com destaque para os mutirões de limpeza que sensibilizam o público contra os riscos do lixo, em defesa da proteção ambiental.

No dia 24 de julho, o Clean Up Day reunirá cerca de 100 pessoas para a coleta de resíduos e ações educativas e informativas nas praias e áreas de manguezais de Bragança (PA) e entorno, em parceria entre diferentes instituições locais. “O objetivo é realizar o mutirão aproveitando a temporada de veraneio na região, para aumenta a visibilidade e alcance das ações de sensibilização”, explica John Gomes, gestor do projeto Mangues da Amazônia, que desenvolve diferentes frentes de trabalho socioambiental com objetivo de promover a conservação e uso sustentável do ecossistema.

A iniciativa é realizada pelo Instituto Peabiru e Associação Sarambuí, com patrocínio da Petrobras e apoio do Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA), da Universidade Federal do Pará (UFPA). Em julho, as celebrações do Mês do Manguezal abrangem ainda a exibição de 12 sessões do Cine RESEX, levando o cinema com temáticas socioambientais às comunidades extrativistas atendidas pelo projeto.

As ações comemorativas ocorrerão em paralelo à agenda de atividades educacionais contínuas do projeto, como a iniciativa PROMANGUE, que integra jovens de 13 a 19 anos de comunidades extrativistas e em julho contará com uma programação especial. Além de oficina sobre justiça climática, o grupo terá debates sobre a importância da conservação dos serviços ecossistêmicos dos manguezais. “A relevância desse ecossistema tem sido reforçada por outras agendas globais da ONU como a Década da Restauração de Ecossistemas, a Década do Oceano e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030)”, destaca Indira Eyzaguirre, coordenadora do PROMANGUE.

Neste ano, há ainda a expectativa das reuniões globais do clima e da biodiversidade, com reflexos na maior valorização do potencial ecológico e socioeconômico dos manguezais, como os amazônicos, que buscam se manter bem conservados. A região compõe um dos 27 sítios brasileiros reconhecidos pela Convenção de Ramsar – tratado ambiental da ONU que entrou em vigor em 1975 com uma lista de áreas úmidas de alta relevância para o planeta, entre pantanais, charcos, várzeas, rios, estuários, recifes de corais e manguezais. O Sítio Ramsar denominado “Estuário do Amazonas e seus Manguezais” abrange 3,8 milhões de hectares no Amapá, Pará e Maranhão, incluindo 23 unidades de conservação, principalmente reservas extrativistas.

“As comemorações de julho funcionam como um lembrete que se junta a tudo isso, mantendo viva e palpável a importância desse ecossistema, com democratização da informação e continuidade das ações o ano todo”, completa Eyzaguirre.





Sobre o Projeto Mangues da Amazônia

O Mangues da Amazônia é um projeto socioambiental com foco na recuperação e conservação de manguezais em Reservas Extrativistas Marinhas do estado do Pará. É realizado pelo Instituto Peabiru e pela Associação Sarambuí, em parceria com o Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), e conta com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental. Com início em 2021 e duração de dois anos, o projeto atua na recuperação de espécies-chave dos manguezais através da elaboração de estratégias de manejo da madeira e do caranguejo-uçá com a participação das comunidades.

Sobre a Associação Sarambuí

A Associação Sarambuí é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) com sede em Bragança – Pará, constituída em 2015, cuja missão é promover a geração de conhecimento de maneira participativa, em prol da conservação e sustentabilidade dos recursos estuarino-costeiros. Nossas ações são direcionadas ao ecossistema manguezal, ao longo da costa amazônica brasileira, em particular no litoral do Estado do Pará. É uma das organizações realizadoras do projeto Mangues da Amazônia.

Sobre o Instituto Peabiru

O Instituto Peabiru é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) brasileira, fundada em 1998, que tem por missão facilitar processos de fortalecimento da organização social e da valorização da sociobiodiversidade. Com sede em Belém, atua nacionalmente, especialmente no bioma Amazônia, com ênfase no Marajó, Nordeste Paraense e na Região Metropolitana de Belém (PA). É uma das organizações realizadoras do projeto Mangues da Amazônia.


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